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As mudanças políticas impulsionam a pontuação risco-remuneração nos mercados da África Austral
Zimbabué, Moçambique e África do Sul entre as dez maiores economias africanas, melhorando a remuneração ao mesmo tempo que reduzem os riscos para os investidores
Uma ampla mudança política levou a uma melhoria da pontuação risco-remuneração em muitas economias da África Austral, de acordo com o 2018 Africa Risk-Reward Index da Control Risks (www.ControlRisks.com) e da Oxford Economics. O Zimbabué, liderando com a maior mudança positiva, Moçambique e a África do Sul assistiram a reformas económicas e sociais após mudanças na liderança em 2017 e no início de 2018, com um impacto positivo no ambiente empresarial e na confiança dos investidores.
George Nicholls, parceiro sénior da Control Risks para a África Austral, comenta:
A África do Sul, o Zimbabué e Moçambique foram alvo de mudanças notáveis desde a última edição do Africa Risk-Reward Index publicado em setembro de 2017.
“Na África do Sul, a confiança dos investidores melhorou, na sequência da eleição de Cyril Ramaphosa como chefe de Estado, uma vez que a implementação de políticas, destinadas a consolidar a despesa fiscal e a combater a corrupção em instituições públicas e em empresas detidas pelo estado, aumenta as oportunidades para a realização de negócios. Mas as redes de clientelismo profundamente enraizadas e a pressão eleitoral para as eleições gerais de 2019 significarão que o caminho para a recuperação do país será longo.
“No Zimbabué, o Presidente Emmerson Mnangagwa anunciou um conjunto de reformas fiscais e de reformas favoráveis às empresas, o que resultou na maior melhoria na pontuação da remuneração em África. Embora o Zimbabué ainda se debata com uma grave crise de liquidez que não será resolvida rapidamente, tem havido um aumento notável no interesse dos investidores e na atualização das previsões de crescimento. No entanto, um grau de incerteza política persiste em função das próximas eleições gerais e dos interesses divergentes no governo de Mnangagwa.
“Moçambique regista a maior melhoria na pontuação da remuneração a seguir ao Egito. Adotou uma postura pró-investimento e procurou reduzir o envolvimento do estado na economia através da reestruturação ou da privatização de empresas estatais. Estas reformas ajudaram a estabilizar uma situação fiscal que em tempos parecia decididamente instável, e abriu novas oportunidades para os investidores estrangeiros em setores como a energia, construção de infraestruturas e transportes".
Mais resultados do relatório:
- A mudança de liderança em Angola ainda não melhorou a sua pontuação da remuneração, mas a sua pontuação do risco diminuiu: o novo presidente de Angola, João Lourenço, agiu com uma notável rapidez e determinação para consolidar a sua autoridade. Os esforços para desmantelar as redes do seu antecessor proporcionaram novas oportunidades para o investimento estrangeiro em setores previamente dominados por empresas ligadas ao ex-presidente e à sua família. Em combinação com um ambiente regulamentar melhorado, os investidores podem procurar oportunidades predominantemente nos setores do petróleo e do gás, dos diamantes e das telecomunicações.
Pontuação da remuneração: 3,65 / pontuação do risco: 6,55 - A pontuação da remuneração do Quénia continua a ser uma das mais altas da África subsariana, mas o peso da dívida externa do governo cria preocupações: vencedor das eleições em 2017, o partido líder do Quénia continua as suas políticas favoráveis às empresas. No entanto, surgem preocupações sobre o peso da dívida externa do governo, com uma nova euro-obrigação de 2 mil milhões de dólares emitida em fevereiro, mesmo que as receitas de uma emissão anterior ainda tenham que ser totalmente contabilizadas. Adicionalmente, a melhoria das relações entre o governo e a oposição será fundamental para garantir que as tensões políticas não prejudicam o crescimento económico, sendo necessárias políticas fiscais e macroeconómicas mais prudentes para manter perspetivas económicas positivas. Pontuação da remuneração: 6,36 / pontuação do risco: 5,51
- A Costa do Marfim, com uma previsão da taxa de crescimento do PIB real de 7% em 2018, continua a sua impressionante recuperação económica; no entanto, permanecem grandes desafios: Através de reformas no ambiente empresarial e de esforços para trazer de volta os investidores estrangeiros após a crise de 2010-2011, a Costa do Marfim alcançou uma das mais altas taxas de crescimento do mundo nos últimos anos, e setores como a construção, as telecomunicações, a banca e o retalho apresentaram um crescimento significativo. No entanto, persistem grandes obstáculos para uma recuperação total, incluindo interferência política e corrupção, descontentamento sócio-económico, deficiências na reforma do setor da segurança, e a crescente concorrência à frente da potencialmente volátil sondagem presidencial para 2020.
Pontuação da remuneração: 6,51 / pontuação do risco: 6,24. - Senegal – o crescimento do investimento e uma reduzida pontuação do risco são presságio de crescimento contínuo: No âmbito do plano para recuperação do Senegal, o crescimento aumentou firmemente durante os últimos três anos, atingindo cerca de 6,4% em 2017. O aumento das exportações, uma economia mais diversificada e o maior interesse por parte de grandes investidores internacionais como resultado das promissoras prospeções offshore de petróleo e gás fazem do Senegal um dos principais focos de interesse na África subsaariana. A diminuição da pontuação do risco é uma das mudanças mais positivas no 2018 Africa Risk-Reward Index. Pontuação da remuneração: 5,76 / pontuação do risco: 4,56
- Marrocos – as reformas económicas melhoram a resiliência do país e tornam as suas exportações mais competitivas, porém o descontentamento social continua a ser um desafio: Com uma das pontuações do risco mais baixas no 2018 Africa Risk-Reward Index e uma pontuação da remuneração relativamente estável, as reformas económicas de Marrocos demonstraram ser um sucesso. O crescimento a médio prazo será reforçado por reformas continuadas para facilitar o investimento estrangeiro, o acesso ao financiamento, a qualidade da educação e o ambiente empresarial, uma vez que estes representam as principais limitações à competitividade e à realização de negócios. No entanto, a agitação sócio-económica relativamente às pobres condições de vida persiste particularmente nas regiões do interior do país. Pontuação da remuneração: 5,77 / pontuação do risco: 4,10
Distribuído pelo Grupo APO para Control Risks Group Holdings Ltd.
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Control Risks e Oxford Economics
A Control Risks e a Oxford Economics uniram forças para prestar um serviço inovador de previsão de riscos políticos e económicos que tem uma visão holística do risco num mundo complexo, globalizado e em rápida mudança. A Control Risks e a Oxford Economics combinam um vasto conhecimento geopolítico, operacional e de segurança com rigorosas previsões modelos económicos sobre 200 países e 100 setores. Juntos, oferecemos consultadoria de largo espetro que permite à sua organização navegar pelo mundo do risco político e económico. Abrangendo todos os aspetos de um investimento, incluindo o risco de segurança e integridade, a nossa prática de consultoria conjunta pode sobrepor cenários geopolíticos e económicos para criar novas ideias e orientação.